BUSCA POR MATÉRIAS

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Conferência aprova base da política nacional de segurança pública

Conferência aprova base da política nacional de segurança pública

O Brasil já tem um norte para construir uma política nacional de segurança pública. Foi anunciado na noite deste domingo (30), em Brasília, o resultado da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg): um conjunto de 10 princípios e 40 diretrizes que servirão de base para a definição de políticas públicas na área. “A partir de hoje começa a nascer um novo modelo de polícia no Brasil”, afirmou Benedito Mariano, representante dos gestores na 1ª Conseg.

O princípio mais votado, com 793 votos, determina que a política nacional proporcione autonomia às instituições do segmento, transparência na divulgação dos dados e a consolidação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), criado pelo Ministério de Justiça em 2007, com foco na prevenção e na defesa dos direitos humanos.

A cada princípio anunciado, aumentava a vibração das 3 mil pessoas que lotaram o auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Ao final, todos aplaudiram de pé o desfecho desse processo inédito no país: a discussão de uma política nacional de segurança com a participação da sociedade civil e dos trabalhadores da área.

Morador da Rocinha, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, William de Oliveira, 37 anos, aguardava com expectativa a divulgação do resultado. O nono princípio mais votado, que confere autonomia aos conselhos de segurança, foi o mais comemorado pelo carioca. “Fiquei feliz por esse princípio ter passado, porque a gente sabe da importância dos conselhos. Eles funcionam, mas hoje não deliberam, não tem muita força”, disse. “Espero que, muito em breve, essas idéias saiam do papel”.

Entre as 40 diretrizes aprovadas, a mais votada foi a que defende a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 308, de 2004, que transforma os agentes penitenciários em policiais penais. A diretriz, que teve 1.095 votos, foi bastante comemorada pela categoria.

Os 2.097 participantes com direito a voz e voto na etapa nacional da Conferência foram divididos em 40 grupos de trabalho. Desde quinta-feira (27), quando foi aberto o evento, eles discutiram o conteúdo do Caderno de Propostas – documento que reuniu 26 princípios e 364 diretrizes considerados prioritários nas etapas preparatórias realizadas em todo o país, desde o início do ano.

O processo durou nove meses, desde a convocação da Conferência por decreto presidencial, em dezembro do ano passado. Nesse período, foram realizadas 1.140 conferências livres em 514 cidades, 266 conferências municipais e 27 estaduais. A discussão envolveu mais de meio milhão de brasileiros. “É uma vitória para o Brasil. Um marco histórico que vai transformar as propostas de toda a sociedade em uma política de Estado e não mais de governo”, afirmou a coordenadora geral da 1ª Conseg, Regina Miki.

Benedito Mariano, representante dos gestores, destacou a importância histórica desse momento. “O setor que mais representou o arbítrio no país foi a segurança pública”, disse, citando os períodos de ditaduras. Para ele, a Conferência quebrou tabus ao demonstrar que a sociedade civil está preparada para propor soluções nesta área. “A segurança é questão de polícia, mas também de prevenção. É a defesa intransigente dos direitos humanos”.

PRINCÍPIOS

1. Ser uma política de Estado que proporcione a autonomia administrativa, financeira,
orçamentária e funcional das instituições envolvidas, nos três níveis de governo, com
descentralização e integração sistêmica do processo de gestão democrática,
transparência na publicidade dos dados e consolidação do Sistema Único de Segurança
Pública - SUSP e do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania -
PRONASCI, com percentual mínimo definido em lei e assegurando as reformas
necessárias ao modelo vigente. (793 VOTOS)

2. Pautar-se na manutenção da previsão constitucional vigente dos órgãos da área,
conforme artigo 144 da Constituição Federal. (455 VOTOS)

3. Ser pautada pela defesa da dignidade da pessoa humana, com valorização e respeito à
vida e à cidadania, assegurando atendimento humanizado a todas as pessoas, com
respeito às diversas identidades religiosas, culturais, étnico-raciais, geracionais, de
gênero, orientação sexual e as das pessoas com deficiência. Deve ainda combater a
criminalização da pobreza, da juventude, dos movimentos sociais e seus defensores,
alorizando e fortalecendo a cultura de paz. (402 VOTOS)

4. Fomentar, garantir e consolidar uma nova concepção de segurança pública como
direito fundamental e promover reformas estruturais no modelo organizacional de suas
instituições, nos três níveis de governo, democratizando, priorizando o fortalecimento e
a execução do SUSP - Sistema Único de Segurança Pública -, do PRONASCI -
Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - e do CONASP - Conselho
Nacional de Segurança Pública com Cidadania. (265 VOTOS)

5. Pautar-se pelo reconhecimento jurídico-legal da importância do município como cogestor da área, fortalecendo sua atuação na prevenção social do crime e das violências. (258 VOTOS)

6. Ser pautada na intersetorialidade, na transversalidade e na integração sistêmica com
as políticas sociais, sobretudo na área da educação, como forma de prevenção do
sinistro, da violência e da criminalidade, reconhecendo que esses fenômenos tem
origem multicausal (causas econômicas, sociais, políticas, culturais, etc.) e que a
competência de seu enfrentamento não pode ser de responsabilidade exclusiva dos
órgãos de segurança pública. (243 V0TOS)

7. Reconhecer a necessidade de reestruturação do sistema penitenciário, tornando-o
mais humanizado e respeitador das identidades, com capacidade efetiva de
ressocialização dos apenados, garantindo legitimidade e autonomia na sua gestão,
privilegiando formas alternativas à privação da liberdade e incrementando as estruturas
de fiscalização e monitoramento. (135 VOTOS)

8. Estar fundamentada no fortalecimento da família, na educação como garantidora da
cidadania e de condições essenciais para a prevenção da violência. Deve ser assumida
por todos os segmentos da sociedade com vistas ao resgate de valores éticos e
emancipatórios. Deve ainda considerar os trabalhadores da área como educadores,
enfatizando sua formação humanista. (122 VOTOS)

9. Estabelecer um sistema nacional de conselhos de segurança autônomos,
independentes, deliberativos, participativos, tripartites para favorecer o controle social
nas três esferas do governo, tendo o Conselho Nacional de Segurança Pública -
CONASP como importante instância deliberativa de gestão compartilhada. (112
VOTOS)

10. Estar pautada na valorização do trabalhador da área por meio da garantia de seus
direitos e formação humanista, assegurando seu bem estar físico, mental, familiar,
laboral e social. (108 VOTOS)

DIRETRIZES

1. 6.6 A - Manter no Sistema Prisional um quadro de servidores penitenciários efetivos,
sendo específica a eles a sua gestão, observando a proporcionalidade de servidores
penitenciários em policiais penais. Para isso: aprovar e implementar a Proposta de
Emenda Constitucional 308/2004; garantir atendimentos médico, psicológico e social
ao servidor; implementar escolas de capacitação. (1095 VOTOS)

2. 4.16 - Promover a autonomia e a modernização dos órgãos periciais criminais, por
meio de orçamento próprio, como forma de incrementar sua estruturação,
assegurando a produção isenta e qualificada da prova material, bem como o princípio
da ampla defesa e do contraditório e o respeito aos direitos humanos.
(1094 VOTOS)

3. 7.7. B - Manter as atribuições constitucionais e a autonomia dos corpos de Bombeiros
Militares, definição de piso salarial nacional; formação e capacitação continuada, bem
como melhores condições de trabalho com equipamentos adequados. (1013 VOTOS)

4. 2.6 A - Estruturar os órgãos policiais federais e estaduais para que atuem em ciclo
completo de polícia, delimitando competências para cada instituição de acordo com a
gravidade do delito sem prejuízo de suas atribuições específicas. (868 VOTOS)

5. 1.1 A (+1.3) - Criar, implantar, estruturar, reestruturar em todos os municípios,
conselhos municipais de segurança, conselhos comunitários de segurança pública,
com poderes consultivo e deliberativo, propositivo e avaliador das Políticas Públicas
de Segurança, com representação paritária e proporcional, com dotação orçamentária
própria, a fim de garantir a sustentabilidade e condições necessárias para seu efetivo
funcionamento e a continuidade de CONSEG como fórum maior de deliberações.
Estruturar os GGIs (Estadual e Municipal) como forma de integrar a sociedade e o
poder executivo, com a composição paritária e proporcional.(799 VOTOS)

6. 3.13. A - Instituir lei orgânica que proteja direitos como um sistema remuneratório nacionalmente unificado, com paridade entre ativos e inativos, aposentadoria especial com proventos integrais, de 25 anos de serviço para mulher e 30 anos para homens, desde que tenham no mínimo 20 anos de efetivo serviço, para profissionais de segurança pública, instituindo cota compulsória à inatividade em favorecimento da progressão funcional e que garanta aposentadoria integral. (722 VOTOS)

7. 5.2 C - Desenvolver e estimular uma cultura da prevenção nas políticas públicas de
segurança, através da implementação e institucionalização de programas de
policiamento comunitário, com foco em três aspectos: um, dentro das instituições de
segurança, com estudos, pesquisas, planejamento, sistemas de fiscalização e
policiamento preventivo, transparência nas ações policiais, bem como a própria
reeducação e formação das forças policiais; reduzindo a postura militarizada; dois,
com programas educativos de prevenção dentro das escolas, famílias, movimentos
sociais e culturais e a comunidade como um todo; três, apoiados no desenvolvimento
de redes sociais e intersetoriais para a criação de uma ampla rede de prevenção e
segurança. (707 VOTOS)

8. 2.18 B - Regulamentar as Guardas Municipais como polícias municipais: definir suas atribuições constitucionais; regulamentar a categoria; garantir direitos estatutários, dentre eles jornada de trabalho, plano de carreira, aposentadoria, assistência física e mental, regime prisional diferenciado, programas habitacionais, seguro de vida, critérios do exame psicotécnico a cada quatro anos, concurso público, com exigência mínima de nível médio completo. (697 VOTOS)

9. 5.30 A - Criar mecanismos de combate e prevenção a todas as formas de
preconceitos e discriminações e a impunidade de crimes por motivações
preconceituosas, com os recortes em pessoas com deficiência, geracional, étnicoracial,
orientação sexual e identidade de gênero. (668 VOTOS)

10. 7.1. A - Inserir no currículo e no calendário escolar em todos os sistemas de ensino:
Semana de Prevenção a sinistros; aulas de primeiros socorros; temas afetos à Defesa
Civil, à Educação para o Trânsito, à pessoa com deficiência, à Educação Ambiental e
à Segurança pública. (580 VOTOS)

11. 1.8 A – Definir e regulamentar o papel e as atribuições constitucionais dos municípios no tocante à Segurança Pública. (514 VOTOS)

12. 2.19 A - Realizar a transição da segurança pública para atividade eminentemente civil; desmilitarizar as polícias; desvincular a polícia e corpos de bombeiros das forças armadas; rever regulamentos e procedimentos disciplinares; garantir livre associação sindical, direito de greve e filiação político-partidária; criar código de ética único, respeitando a hierarquia, a disciplina e os direitos humanos; submeter irregularidades dos profissionais militares à justiça comum. (508 VOTOS)

13. 7.17. A – Incluir os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados e do Distrito Federal
no Plano Nacional de Segurança Pública, bem como: criar Comissões Municipais de
prevenção de acidentes e desastres custeadas pelo governo federal, criar uma
Secretaria Executiva de Defesa Civil, e garantir a coordenação da Defesa Civil sob
responsabilidade dos Corpos de Bombeiros. (507 VOTOS)

14. 3.1. A – Criar planos de carreira com piso salarial digno, justo e igualitário, para os profissionais de segurança pública, nas três esferas governamentais, com reajuste periódico, visando à garantia da dedicação integral e exclusiva desses profissionais ao serviço de segurança pública. (482 VOTOS)

15. 2.6. C - Rechaço absoluto à proposta de criação do Ciclo Completo de Polícia. (446
VOTOS)

16. 4.23. A - Modernizar o inquérito policial num mecanismo ágil de investigação, de
maneira a estipular instrumentos legislativos, diminuindo seu caráter essencialmente
cartorial, prevalecendo a sua natureza jurídico-técnico-científica para a produção de
provas com maior sustentabilidade no processo penal, e de tempo razoável para a
duração do inquérito e do processo, privilegiando a eficiência, a resposta oportuna à
sociedade e combatendo a morosidade. (427 VOTOS)

17. 6.2 A – Garantir o acesso à justiça e assistência jurídica gratuita àqueles em conflito
com a lei, por intermédio da implementação e fortalecimento das defensorias públicas,
assegurando maior celeridade aos processos e aos benefícios da Lei de Execução
Penal. (339 VOTOS)

18. 3.2. A - Criar e implantar carreira única para os profissionais de segurança pública, desmilitarizada com formação acadêmica superior e especialização com plano de cargos e salários em nível nacional, efetivando a progressão vertical e horizontal na carreira funcional. (331 VOTOS)

19. 7.6. A - Criar mecanismos legais que garantam recursos orçamentários e financeiros
mínimos e proporcionais para adoção de políticas públicas na área de prevenção de
acidentes. (313 VOTOS)

20. 1.13 A - Reestruturar o Conselho Nacional de Segurança Pública e reformular os
Conselhos estaduais e municipais, considerando os princípios de democracia,
representatividade, paridade, autonomia, transparência, e tendo como foco principal o
combate à corrupção, a prestação de serviços de qualidade à população e a
articulação permanente com as forças sociais. Para isso: eleger seus membros
bienalmente, por meio de conferências e fóruns nos quais haja plena participação
social; adequar suas ações às realidades locais e regionais, operando os instrumentos
democráticos de controle com monitoramento de dados quantitativos e qualitativos das
situações de violência e ocorrências criminais; trabalhar em ações de caráter
consultivo, propositivo, fiscalizatório e deliberativo, adequando suas resoluções às
orientações e regulamentações do Ministério da Justiça; manter estreita relação com
todos os conselhos da área de segurança e outros, de modo a facilitar a articulação de
ações; gerir todos os seus recursos participativamente, cuidando para que sejam
efetivamente utilizados no alcance de seus objetivos. Elaborar e aprimorar a estrutura
político-administrativa do Conselho Nacional de Segurança Pública em harmonia legal
com os conselhos estaduais e municipais de segurança, considerando os princípios de
democracia, representatividade, paridade, autonomia e transparência, focado no
combate à corrupção e na qualidade de prestação de serviço a população. (305
VOTOS)

21. 3.20.B - Revisar, atualizar e democratizar os regulamentos e procedimentos
disciplinares militares, conforme o artigo 5º da Constituição Federal. (304 VOTOS)

22. 6.52 A - Priorizar na agenda política, administrativa e financeira dos governos para a
estruturação de um Sistema Nacional de Penas e Medidas Alternativas, criando
estruturas e mecanismos nos Estados e o Distrito Federal, no âmbito do Executivo,
estruturando e aparelhando os órgãos da Justiça Criminal e priorizando as penas e
medidas alternativas, a justiça restaurativa e a mediação de conflitos. (293 VOTOS)

23. 1.9. A - Criar, estruturar, implantar,compor, e fortalecer, democraticamente, Gabinetes
de Gestão Integrada nos três níveis de governo, para: promover a atuação conjunta e
coordenada dos organismos de segurança pública com entidades públicas e privadas,
respeitando e acatando as diretrizes e deliberações dos conselhos de segurança
pública. (283 VOTOS)

24. 4.4 A (+4.14) - Fortalecer e utilizar as Unidades de Inteligência Policial como base
para o desenvolvimento de ações direcionadas a alvos específicos, visando a reduzir o
impacto negativo da ação policial repressiva na comunidade como um todo. Investir
nas áreas de inteligência e tecnologia de combate às organizações criminosas.
Aperfeiçoar e integrar a rede de captação, circulação, processamento e disseminação
de informações e conhecimento de inteligência de segurança pública, além de
promover intercâmbio nacional e internacional com outros órgãos de inteligência,
aperfeiçoando o sistema judicial (254 VOTOS)

25. 6.17 - Definir diretrizes norteadoras para a gestão democrática do sistema prisional,
estabelecendo normas nacionais, com fortalecimento, reforma, oficialização e
incentivo à criação de Conselhos Penitenciários Federal, Estadual e Municipais como
instância deliberativa e órgão de fiscalização, de ouvidorias e de corregedorias do
sistema, com ampla composição e participação, com incumbência de fomentar a
gestão compartilhada, facilitar o controle social através de mecanismos autônomos e
paritários. (245 VOTOS)

26. 3.3. A - Instituir políticas de valorização, qualidade de vida, apoio biopsicossocial, ético
e profissional dos trabalhadores da área de Segurança Pública. (228 VOTOS)

27. 4.13.B (+4.24) - Instituir, construir e aumentar o número de delegacias especializadas
e distritais com atendimento a grupos vulneráveis e especiais, com profissionais
especialistas em crimes de intolerância social, capazes de desenvolver ações de
sensibilização e capacitação continuada dos policiais para atendimento e acolhimento
de vitimas, garantindo a elas e seus familiares todos os seus direitos, bem como a
eficiência no programa de proteção a testemunhas e denunciantes. Para isso, se
necessário, fortalecer abrigos, ações e programas de proteção a vítimas, garantindo: a
implantação de comitês gestores em nível estadual e municipal de monitoramento do
pacto de enfrentamento à violência contra as mulheres; a implantação das Delegacias
Legais e Delegacias da Mulher nos municípios ainda não contemplados e unidades de
perícia técnico-científica; realização de plantões de atendimento durante o final de
semana e feriados; promoção de programas para a erradicação da intolerância e da
violência de gênero, da pessoa idosa, de crimes raciais, e contra GLBT. (220 VOTOS)
28. 1.29. B - Implantar, manter e aprimorar o Programa Nacional de Segurança Pública
com a Cidadania (PRONASCI) em todos os espaços do território nacional como
política permanente de Estado. (213 VOTOS)

29. 3.19. A - Prover os servidores da segurança pública das prerrogativas constitucionais dos integrantes do Ministério Público e do Poder Judiciário. (206 VOTOS)

30. 6.39 - Desvincular totalmente a custódia de presos, tanto provisórios como
condenados, das secretarias de segurança pública conforme as recomendações
internacionais. (205 VOTOS)

31. 4.9. A - Promover políticas que estimulem a construção de redes de atendimento
intermultidisciplinar para grupos vulneráveis com unidades especializadas dos Órgãos
de segurança pública e do sistema de justiça, com equipamentos adequados e
profissionais em quantidade suficiente, dentro da filosofia do policiamento comunitário,
respeitando a heterogeneidade dos diversos grupos sociais, evitando abusos e
intensificando o combate ao trabalho escravo, ao tráfico de seres humanos, à
exploração sexual de crianças e jovens, à homofobia, ao racismo e à violência familiar.
(205 VOTOS)

32. 7.2. A - Estruturar e ampliar a rede do Sistema de Prevenção, Atendimentos
emergenciais e acidentes em todos os municípios do Brasil, priorizando os serviços
aos municípios onde seja reconhecido o risco de acidentes ou desastre. (203 VOTOS)

33. 5.41 A - Manter a maioridade penal em 18 anos e o tempo de cumprimento de
medidas sócio-educativas de acordo com a legislação vigente. (200 VOTOS)

34. 4.6. B - Implementar uma Política Nacional de Combate ao Crime Organizado para
intensificar, ampliar e realizar ações policiais qualificadas, criar sistema de bloqueio de
celulares e rádios em presídios como medida de soberania e proteção a toda a
população, com vistas à redução da violência e criminalidade, e ao combate
estratégico do crime organizado de todos os tipos. Para isto, se necessário, deve-se:
identificar o ciclo criminal de cada região, reforçar o policiamento rodoviário e instalar
postos policiais nas rotas do tráfico; criar unidades especializadas integradas às
unidades de inteligência para atuarem em centros urbanos e rurais, rodovias, portos,
aeroportos e fronteiras; envolver o Poder Judiciário, Ministério Público, Polícias e
outros órgãos nas ações; modernizar o ordenamento jurídico; criar Varas Criminais
Especiais para o Crime Organizado; acabar com a estrutura prisional criminalizatória e
promover punições severas. (199 VOTOS)

35. 6.7. B - Melhorar os serviços de saúde dos reclusos e profissionais, atendendo às
especificidades de idade e gênero. Implantação do programa de saúde da família com
profissionais de todas as áreas, em número suficiente. Fornecer alimentação
adequada. Construir hospitais penitenciários em todos os estados. Considerar os
princípios de reforma psiquiátrica. Criação de CAPS para tratamento dos dependentes
de álcool, drogas e pessoas com sofrimento mental, com participação familiar. (194
VOTOS)

36. 5.42. A - Fortalecer a Defensoria Pública, com a sua estruturação em todas as
comarcas do país, como instrumento viabilizador do acesso universal à justiça e à
defesa técnica, bem como criar os juizados especiais em âmbito nacional e ampliar a
efetivação dos já existentes, como forma de aperfeiçoar a prestação jurisdicional. (187
VOTOS)

37. 5.28. A - Reafirmar e cumprir o Estatuto do Desarmamento como política de Estado,
observando a efetivação dos convênios com os Estados-Membros para o recolhimento
voluntário de armas, o fortalecimento da fiscalização do uso de armas pelo SENARM
(Serviço Nacional de Registro de Armas) e a integração dos sistemas de cadastro de
armas. (179 VOTOS)

38. 1.2. A – Criar, reformular e estruturar, o funcionamento dos Conselhos de Segurança
Pública nos três níveis governamentais, assim como os Conselhos Comunitários,
sendo espaços deliberativos da Política de Segurança Pública, de forma paritária e
proporcional (Sociedade Civil, Gestores e Trabalhadores) integrando-os aos Gabinetes
de Gestão Integrada (GGI).(177 VOTOS)

39. 5.9. C - Instituir programas de prevenção primária da violência, com foco nas áreas de,
trânsito, saúde, educação, cultura, lazer, esporte, assistência social e urbanismo para
a intersetorialidade das políticas de segurança pública e incentivando a adoção da
filosofia de policiamento comunitário. (170 VOTOS)

40. 4.22. A - Tipificações específicas de crimes cometidos contra profissionais de
segurança e operadores do direito no exercício ou não da função, e contra seus
familiares, com a revisão das leis penais e processuais e segurança transformando
esses crimes em hediondos. (170 VOTOS)

Nenhum comentário:

Postar um comentário