A Chapa 2 da CUT tem grandes possibilidades de vitória no pleito de hoje,
segundo os coordenadores da campanha. Há 13 mil trabalhadores na base,
incluindo da VW – terceira maior empresa local – e da americana Tecumseh, fabricante de compressores
para geladeiras, a maior empregadora da cidade.
Um estatuto antidemocrático, que prevê eleições apenas de cinco em cinco anos, a exigência
de ser filiado há pelo menos três anos para poder votar e, além disso, a relação dócil com
o patronato são algumas das razões para que o sindicato da cidade esteja refém do mesmo grupo há tanto tempo.
Para completar a ofensiva conservadora, um jornal semanal que circula gratuitamente em São Carlos,
com 15 mil exemplares, tem trazido nas últimas semanas manchetes sensacionalistas do tipo.
“Se a CUT vencer em São Carlos, haverá milhares de demissões”, num discurso terrorista pré-1978 –
parecido com o usado atualmente por certo candidato à Presidência da República.
Para iniciar a mudança, foi preciso que militantes cutistas passassem a atuar dentro do Sindicato,
em cargos de menor expressão ou mesmo sem cargo algum. Uma ação na Justiça, para garantir a
participação da Chapa 2 na eleição também foi necessária.
“Depois de ganharmos a eleição, nosso primeiro compromisso é reformular o estatuto da entidade,
segundo a concepção cutista de liberdade de organização e de eleições livres”, promete Erick Silva,
trabalhador da Volks e candidato a presidente do sindicato. “Em seguida, o processo de construção de
unidade com os demais sindicatos cutistas da categoria, rumo à igualdade de direitos em todas as
regiões do País”, completa Erick.
A eleição acontece hoje e a apuração das urnas, na próxima quarta-feira.
Os presidentes da CUT Estadual e Nacional, Adi dos Santos Lima e Artur Henrique,
estiveram na cidade na última sexta (17), para participar de uma assembléia com trabalhadores da Tucumseh,
na porta da empresa, e para uma reunião com os integrantes da Chapa 2, sediados provisoriamente
numa casa alugada no centro da cidade.
Artur lembrou aos candidatos o desafio de não esmorecer diante da pressão da chapa situacionista,
que tem espalhado boletins com calúnias contra a CUT – como relatos falsos de agressões
físicas a trabalhadores – nem diante da chantagem das empresas.
“Isso lembra muito certas épocas em que diziam que se os trabalhadores tivessem acesso
ao poder o Brasil viraria de cabeça pra baixo. O Mário Amato (ex-presidente da Fiesp) chegou a dizer, em 89,
que se o Lula ganhasse, mais de 800 mil empresários iam abandonar o país”, citou Artur.
“Isso não é verdade, a CUT saberá fazer um sindicalismo autêntico, aguerrido, de luta,
e também de proposição e capacidade de diálogo”, completou o presidente. Para ele,
um dos primeiros desafios da nova direção será implementar a organização por local de trabalho.
Adi, da CUT São Paulo, fez durante a reunião um resgate histórico da disputa
pelo sindicato de São Carlos. Lembrou, por exemplo, que desde 2002, quando
cutistas passaram a atuar no sindicato, a categoria registrou conquistas como 40 horas semanais
e piso salarial igual ao do ABC paulista.
“Eram coisas que esse sindicalismo pelego não havia conseguido, por que não lutava”,
comentou Adi. Para ele, a tarefa de organizar oposições sindicais para romper com
o conservadorismo e o “sindicalismo de carimbo” permanecem prioridades da CUT.
CHAPA 2 se prepara para eleição no Sindicato dos Metalúrgicos...
Seg, 30 de Agosto de 2010 22:02 Adão Geraldo
A CHAPA 2, formada por metalúrgicos da CUT, realizou uma reunião para finalizar as estratégias
da campanha, já que concorre ao pleito do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté.
Composta por 46 trabalhadores e trabalhadoras, a CHAPA 2, intitulada “Transparência,
Democracia e Organização”, também reafirmou o compromisso com as propostas da chapa.
De acordo com Erick Silva, candidato a presidência, o evento foi importante porque discutiu os
compromissos que serão apresentados aos trabalhadores. “Com quase 50 anos de fundação,
nunca houve alternância de poder na direção do Sindicato e para nós da CHAPA 2, a eleição é uma oportunidade de mudança, oportunidade de construirmos um Sindicato novo”, disse ele.
Com o objetivo de levar as propostas da chapa para todos os metalúrgicos da cidade,
a CHAPA 2 tem uma Sede de Campanha localizada na rua 9 de julho, 1441, Centro.
A eleição para escolha da nova diretoria do Sindicato acontecer
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