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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

IRMÃOS A HORA ESTA CHEGANDO TEMOS DE ELEGER PESSOAS DE SANGUE AZUL PARA NÓS REPRESENTAR EM BRASILIA E NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO

DILMA PRESIDENTE 13 - MERCADANTE GOVERNADOR 13 MARTA SENADORA 133 E TUMA SENADOR 141

Respeitosamente uso este espaço para pedir votos para meu irmãoCARLINHOS SILVA ,trabalhamos juntos
e sei do caracter e boa índole deste guerreiro que sempre esta
disposto a ajudar a quem lhe procura e com certeza será nosso
representante no congresso federal



Meu mestre NAVAL, foi um dos meus instrutores
no meu curso de Guarda Civil Metropolitano em 1995 no
D.E (departamento de Ensino) hoje Centro de Formação
em Segurança Urbana, não precisamos lembra de sua
luta em pró das Guardas Municipais de todo o BRASIL,
peço também aos irmão seu voto para que ele possa
continuar sua luta a nosso favor na Assembléia Legislativa
de São Paulo


Pedro Paulo CANIL GUARDA CIVIL DE SÃO PAULO

Serra propõe aumentar idade para trabalhador se aposentar

30/09/2010

Sintapi/CUT contesta ataque do candidato tucano à aposentadoria e afirma que resposta será dada nas urnas

Escrito por: Leonardo Severo

Luizão, presidente do Sintapi/CUT
Luizão, presidente do Sintapi/CUT
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi/CUT) contestou as declarações feitas nesta quarta-feira pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que propôs aumentar o tempo de contribuição para o trabalhador se aposentar. “Quem inventou uma perversidade como o fator previdenciário não tem mesmo limite. Nossa resposta será dada nas urnas”, enfatizou o presidente do Sindicato, Epitácio Luiz Epaminondas (Luizão).

A proposta do candidato tucano foi feita durante reunião com funcionários públicos, quando afirmou que, uma vez eleito, promoverá uma reforma da Previdência baseada na idade dos contribuintes, o que atrasaria a aposentadoria de milhões de trabalhadores. "Eu, particularmente, toda a questão previdenciária eu quero refazer no Brasil de maneira realista, que funcione. Eu prefiro mexer muito mais na idade do que na remuneração”, sublinhou Serra.

“Talvez ele esteja nos ameaçando com o adiamento de sua própria aposentadoria, quem sabe?”, ironizou em seu blog o presidente da CUT, Artur Henrique.

Condenando o que chamou de “tortuoso raciocínio de Serra”, Luizão rebateu: “como o candidato tucano parte do pressuposto de que a Previdência é deficitária e que, portanto, não tem recursos, o único jeito seria ampliar o tempo de contribuição, fazendo as pessoas se aposentarem mais tarde”.

Na avaliação do presidente do Sintapi, as declarações de Serra partem da lógica de quem sempre defendeu mecanismos perversos contra os aposentados e pensionistas, como é o fator previdenciário. “Aplicado nas concessões de novas aposentadorias desde dezembro 1999, o fator previdenciário é altamente nocivo, pois é um instrumento de redução criado pelo desgoverno FHC com objetivo de evitar aposentadorias consideradas precoces. Assim, quanto menor a idade da pessoa, maior o desconto sobre o valor do benefício, mesmo para quem completa o tempo mínimo de contribuição, que é de 35 anos para homens e de 30 para mulheres. Isso afeta principalmente as pessoas de famílias de baixa renda, que começaram a trabalhar mais cedo e, portanto, completam o tempo de contribuição com idade mais baixa. Para esses, a perda pode chegar a 45% em relação ao que seria o benefício sem a aplicação do fator”, explicou Luizão.

“Por isso empunhamos a bandeira do fim do fator previdenciário como uma questão de honra, tanto para os trabalhadores em vias de conseguir a sonhada aposentadoria, quanto para os aposentados que têm que conviver com pesadas perdas em seus benefícios”, enfatizou.

Serra propõe aumentar idade para trabalhador se aposentar

Sintapi/CUT contesta ataque do candidato tucano à aposentadoria e afirma que resposta será dada nas urnas

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sintapi/CUT) contestou as declarações feitas nesta quarta-feira pelo candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que propôs aumentar o tempo de contribuição para o trabalhador se aposentar. “Quem inventou uma perversidade como o fator previdenciário não tem mesmo limite. Nossa resposta será dada nas urnas”, enfatizou o presidente do Sindicato, Epitácio Luiz Epaminondas (Luizão).

A proposta do candidato tucano foi feita durante reunião com funcionários públicos, quando afirmou que, uma vez eleito, promoverá uma reforma da Previdência baseada na idade dos contribuintes, o que atrasaria a aposentadoria de milhões de trabalhadores. "Eu, particularmente, toda a questão previdenciária eu quero refazer no Brasil de maneira realista, que funcione. Eu prefiro mexer muito mais na idade do que na remuneração”, sublinhou Serra.

“Talvez ele esteja nos ameaçando com o adiamento de sua própria aposentadoria, quem sabe?”, ironizou em seu blog o presidente da CUT, Artur Henrique.

Condenando o que chamou de “tortuoso raciocínio de Serra”, Luizão rebateu: “como o candidato tucano parte do pressuposto de que a Previdência é deficitária e que, portanto, não tem recursos, o único jeito seria ampliar o tempo de contribuição, fazendo as pessoas se aposentarem mais tarde”.

Na avaliação do presidente do Sintapi, as declarações de Serra partem da lógica de quem sempre defendeu mecanismos perversos contra os aposentados e pensionistas, como é o fator previdenciário. “Aplicado nas concessões de novas aposentadorias desde dezembro 1999, o fator previdenciário é altamente nocivo, pois é um instrumento de redução criado pelo desgoverno FHC com objetivo de evitar aposentadorias consideradas precoces. Assim, quanto menor a idade da pessoa, maior o desconto sobre o valor do benefício, mesmo para quem completa o tempo mínimo de contribuição, que é de 35 anos para homens e de 30 para mulheres. Isso afeta principalmente as pessoas de famílias de baixa renda, que começaram a trabalhar mais cedo e, portanto, completam o tempo de contribuição com idade mais baixa. Para esses, a perda pode chegar a 45% em relação ao que seria o benefício sem a aplicação do fator”, explicou Luizão.

“Por isso empunhamos a bandeira do fim do fator previdenciário como uma questão de honra, tanto para os trabalhadores em vias de conseguir a sonhada aposentadoria, quanto para os aposentados que têm que conviver com pesadas perdas em seus benefícios”, enfatizou.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Servidores Municipais de Ribeirão Preto: Texto encaminhado pelo Companheiro Servidor Munici...

Servidores Municipais de Ribeirão Preto: Texto encaminhado pelo Companheiro Servidor Munici...: "Texto encaminhado pelo Companheiro Servidor Municipal Prof. Lages. Gostariam que todos tivessem o prazer de lerem os dois texto e depois ana..."

Texto encaminhado pelo Companheiro Servidor Municipal Prof. Lages. Gostariam que todos lessem os dois texto e depois analise o Brasil que queremos?

Texto encaminhado pelo Companheiro Servidor Municipal Prof. Lages. Gostariam que todos tivessem o prazer de lerem os dois texto e depois analise o Brasil que queremos? Podem repassar a sua rede de e-mails. Gostaria também que os profissionais da segurança pública fizessem uma alta crítica sobre o avanço que tivemos em nossa área e que se todos os governos (estaduais e municipais) tivessem seguidos os investimentos do Governo Federal, hoje teríamos melhores salários e condições de trabalho.

Pelo Servidor Sempre!

Alexandre Pastova

Caríssimos,

não costumo repassar e-mails e outras coisas que me mandam pela internet, mas
desta vez não me contive. Diante da avalanche de bobagens de toda ordem e
agressões travestidas de "defesa da democracia" para atacar a candidatura
progressista em condições de ganhar já no primeiro turno, decidi mandar estes
dois artigos abaixo. O primeiro, de Marcos Coimbra, falando do desespero dos
que acreditam ser possivel alterar uma decisão pensada e consolidada da
maioria. O segundo, de Leonardo Boff, falando da grande mídia. Tenho um carinho
todo especial por este Leonardo. Devo a ele grande influência na minha
formação, quando na juventude assistia às suas palestras em Minas, na época da
Teologia da Libertação.

Um grande abraço a todos!!!
Lages

Por Leonardo Boff*

Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o
“silêncio obsequioso” pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e
torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca
Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares,
o que acelerou a queda do regime autoritário.

Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual
enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser
tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de
idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está
havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota
eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a
candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de
fatos, a distorção e a mentira direta.

Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus
interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia”
mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob
tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da
Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão
cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a
serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o
povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e
fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa,
esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.

Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos,
editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta
autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado
com o chicote da palavra que humilha.

Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista.
Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande
tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a
Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o
mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem
meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do
peão é na fábrica produzindo.

Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e
Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada,
antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se
reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o
reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes
nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus
direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a
pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar
que continua achando que lhe pertence (p.16)”.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os
pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor
do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente
como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo
devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o
Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.

Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram
conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados
de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e
de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública
somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o
povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a
formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à
ditadura da palavra escrita, falada e televisionada e disputar com outras
fontes de informação e de opinião.

O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si
mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma
revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do
povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões
de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres
laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram
classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos
para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.

Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão social e distribuição
de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já
beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora
ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias
e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual
há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer
que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção
dos mais marginalizados.

O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora
e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que
assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica,
não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática
do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas
delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava
preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico
que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos
sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA
faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com
referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de
produção.

O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a
questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no
fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos,
antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para
construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.

Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas
estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a
despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e
empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e
construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

(*) Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da
Carta da Terra.

Deu no Correio Braziliense

A “ultima hora”

De Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Neste domingo, a apenas uma semana da eleição presidencial, temos uma parte
menor do sistema político, uma parte importante (mas minoritária) da sociedade
e a maioria da “grande imprensa” em torcida animada para que a “última hora”
faça com que os prognósticos a respeito de seu resultado não se confirmem.
É natural que todos os candidatos, salvo Dilma, queiram que alguma reviravolta
aconteça. Os três partidos que dão apoio a Serra, o PV de Marina Silva, os
pequenos partidos de esquerda, todos torcem pelo “fato novo”, a “bala de
prata”, algo que a golpeie. Do outro lado, a ampla coligação que Lula montou
para sustentar sua candidata (e que formará, ao que tudo indica, a maioria do
próximo Congresso) espera que nada altere o quadro.


Hoje, Dilma lidera em todas as regiões do país, jogando por terra as análises
que imaginavam que as eleições consagrariam um fosso entre o Brasil “moderno” e
o “atrasado”. Era o que supunham aqueles que leram, sem maior profundidade, as
pesquisas, e acreditavam que Serra sairia vitorioso no Sul e no Sudeste,
ficando com Dilma o voto do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste. Não é isso
que estamos vendo.


Ela deve vencer em todos os estados, em alguns com três vezes mais votos que a
soma dos adversários. Vence na cidade de São Paulo, na sua região metropolitana
e no interior do estado. Lidera o voto das capitais, das cidades médias e das
pequenas. É a preferida dos eleitores que residem em áreas rurais.


As pesquisas dão a Dilma vantagem em todos os segmentos socioeconômicos
relevantes. É a preferida de mulheres e homens (sepultando bobagens como as que
ouvimos sobre as dificuldades que teria para conquistar o voto feminino), de
jovens e velhos, de negros e brancos. Está na frente entre católicos,
evangélicos, espíritas e praticantes de religiões afro-brasileiras.


Vence entre pobres, na classe média e entre os ricos (embora fique atrás de
Serra entre os muito ricos). Lidera entre beneficiários do Bolsa Família e
entre quem não recebe qualquer benefício do governo. Analfabetos e pessoas que
estudaram, do primário à universidade, votam majoritariamente nela.


É claro que sua candidatura não é uma unanimidade. Existe uma parcela da
sociedade que não gosta dela e de Lula, que nunca votou e que nunca votará em
alguém do PT. São pessoas que até toleram o presidente, que podem achar que é
esperto e espirituoso, que conseguem admirar aspectos de seu governo. Mas que
querem que Dilma perca.


Se, então, Dilma reúne ampla maioria no eleitorado e apoios majoritários no
sistema político, o que seria a “última hora”? O que falta acontecer, de hoje a
domingo?


Formular a pergunta equivale a considerar que o eleitorado ainda não sabe o que
vai fazer, que aguarda a véspera para se decidir. Que “tudo pode mudar”.
É curioso, mas quem mais acredita que os outros são volúveis são os mais cheios
de certezas, os mais orgulhosos de suas convicções. Mas acham que o cidadão
comum (o “povão”) é diferente, que é incapaz de chegar com calma a uma decisão
pensada e madura.


É fato que sempre existe uma parcela do eleitorado que permanece indecisa até o
final. Já vimos, em eleições anteriores, que ela pode oscilar, saindo de uma
candidatura e indo para outras. Conforme o caso, sua movimentação pode provocar
resultados inesperados, como ocorreu com o segundo turno em 2006.


Mas aquelas eleições também mostram como acontecem esses fenômenos de “última
hora”. Nelas, a única coisa que um quase uníssono da “grande imprensa” contra a
candidatura Lula conseguiu fazer foi assustar os eleitores mais frágeis, com
baixa informação e baixo interesse por política. Os dados indicam que os
eleitores mais informados e com alto e médio interesse em nada foram afetados
pela artilharia da mídia (assim como os sem nenhum, que nem ficaram sabendo que
havia “aloprados”).


Ou seja: aquela gritaria só fez com que as pessoas mais inseguras a respeito de
suas escolhas ficassem confusas, ainda que apenas por alguns dias. Mal começou
a campanha do segundo turno, Lula reassumiu as rédeas da eleição e avançou sem
problemas até a consagração no final de outubro. É como o título daquela
comédia: “Muito barulho por nada”